Passar mais de seis horas dentro de um avião ou automóvel pode acentuar os problemas vasculares, e, inclusive, aumentar o risco de trombose. De acordo com o médico especialista em angiologia, cirurgia vascular e endovascular, Dr. José Fernando Macedo, do Instituto de Angiologia e Cirurgia Vascular de Curitiba (IACVC), isso ocorre porque durante longas viagens, sejam aéreas, de ônibus ou carro, as pernas ficam muito tempo paradas na mesma posição.
Grupo de risco Grávidas, pessoas com histórico de doença vascular na família e pessoas acima de 50 anos, devem estar mais atentos pois fazem parte do chamado “grupo de risco”. Para as pessoas desse grupo que vão fazer viagens de longa duração devem consultar um médico angiologista antes de embarcar em qualquer viagem. Por isso, é importante se atentar a sintomas como inchaço e vermelhidão na panturrilha, que indicam dificuldade no retorno do sangue venoso. “Como esse grupo de pessoas já possui predisposição à doença, a imobilidade durante a viagem pode ser ainda mais prejudicial”, destaca Dr Macedo.
Como se prevenir A prevenção continua sendo o melhor remédio. Além de se atentar aos hábitos alimentares e exercícios físicos, alguns cuidados durante a viagem podem ajudar a prevenir problemas vasculares. Macedo indica ainda o uso de roupas largas e confortáveis; se estiver no avião, realizar pequenas caminhadas durante o voo; quando sentado, movimentar os pés e as pernas; evitar uso de medicamentos ou calmantes para dormir; beber bastante líquido e evitar a ingestão de bebidas alcoólicas.
Prevenção antes das viagens Antes da viagem, alguns cuidados também devem ser tomados. Nesse caso, com a orientação de um angiologista vascular, é possível usar anticoagulantes. “Os medicamentos devem ser tomados dois dias antes da viagem, durante e um dia após para serem efetivos. Porém, nunca devem ser usados por conta própria, apenas com instruções médicas”, recomenda Dr. Macedo.
Meias de compressão As meias de compressão também podem e devem ser usadas, desde que com a indicação de um especialista, que indicará o modelo e o uso adequado para cada paciente. A incorreta utilização da meia elástica anula a efetividade dela. “Existem vários modelos e com níveis diferenciados de compressão, cada uma delas auxiliará na necessidade individual do paciente”, finaliza Macedo.